Pedidos dos Estados-Membros à Eurojust aumentam
Os casos de criminalidade transfronteiriça que envolvem a Unidade Europeia de Cooperação Judicial cresceram 19 por cento em 2018. Entre eles há um "exemplo" português.
Edifício Eurojust
O número de casos apresentados pelas autoridades dos diferentes Estados-Membros à Eurojust tem crescido de forma constante e 2018 não foi exceção. Ao longo do ano passado, a Unidade Europeia de Cooperação Judicial esteve envolvida em mais de 6.500 novas investigações de criminalidade transfronteiriça grave.
O valor registado representa uma subida de 19% na comparação com o ano anterior e o maior aumento desde a criação da Eurojust, em 2002. E porque a ação da Unidade vai além das fronteiras da União Europeia, mais de 1.300 casos em 2018 envolveram um Estado não comunitário, num crescimento de 22% em relação a 2017.
Entre os temas relacionados com a justiça criminal em que colaborou, a Eurojust destaca o envolvimento em 219 casos de cibercrime, 191 casos de terrorismo e os 157 casos de tráfico humano.
Na área do cibercrime, um dos exemplos apresentados no relatório anual de 2018 da Eurojust diz respeito a Portugal, relacionado com plataformas ilegais de jogo online, com prejuízos estimados em mais de 80 milhões de euros. A investigação de 15 meses, que envolveu também o Luxemburgo, desmantelou uma rede de jogo de azar, lavagem de dinheiro e fraude fiscal, culminando na detenção de 30 pessoas em novembro último.