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Livro de Estilo

Colocar as pessoas no centro da comunicação

O Justiça.gov.pt é a porta de entrada para todas as pessoas que procuram informação sobre o Ministério da Justiça e os seus serviços. Além disso, muitos desses serviços já podem ser utilizados online. O nosso papel é facilitar o acesso a essa informação e a utilização desses serviços. Para isso, temos de criar conteúdos que permitam a todas as pessoas compreender e agir com base na informação que encontram.

A linguagem clara é uma ferramenta indispensável porque nos orienta para escrever a pensar em quem vai ler. Essa orientação não se limita a técnicas de escrita, a forma como olhamos para a informação a incluir no texto também é importante. 

Dar toda a informação necessária 

O que será “toda a informação necessária”? Necessária para quem?

Qualquer pessoa que visite a Plataforma da Justiça deve conseguir obter todos os esclarecimentos de que precise para perceber como funcionam os organismos e os serviços do Ministério da Justiça. Se decidir utilizar esses serviços, deve ter disponível toda a informação necessária para fazê-lo.

Para saber que informação é essa, vamos colocar-nos no lugar dessa pessoa e antecipar as dúvidas que ela poderia ter sobre o assunto a respeito do qual escrevemos. Damos informação completa. Não obrigamos a pessoa a ir à procura - porque, se tiver de ir à procura, pode encontrar a informação errada.

Escrevemos

Não escrevemos

Para fazer o seu registo, dirija-se ao Departamento de Identificação Civil, edifício J do Campus da Justiça, em Lisboa, nos dias úteis, entre 9h e as 17h.

Para fazer o seu registo, dirija-se aos nossos serviços.

 

 

Não escrevemos informação que não seja essencial

Dar a informação necessária também significa não dar informação que não faz falta. Significa dizer apenas o que interessa, sem acrescentar “palha” ou formalidades que não acrescentam conteúdo. Toda a informação desnecessária é ruído na comunicação e deve ser evitada. O nosso objetivo é escrever tudo o que é essencial e nada mais.

Durante o nosso processo de escrita, nunca podemos esquecer-nos que a maioria das pessoas não conhece a organização e serviços do Ministério da Justiça. Nós escrevemos para essa maioria.

 

Dar primeiro a informação mais importante

As pessoas dificilmente leem um texto inteiro de seguida. Por regra, leem as primeiras frases e depois os seus olhos percorrem rapidamente o texto à procura de informação que lhes interesse. Se não encontrarem essa informação, desistem. Por isso, vamos escrever logo no início aquilo que lhes poderá ser mais útil. Isto também nos ajuda a captar a sua atenção: se o conteúdo é interessante, é mais provável que continue a ler.

Por exemplo, numa página de serviço, destacamos no topo as principais características desse serviço e para que serve. Assim, quem entra na página percebe imediatamente se faz sentido continuar a ler ou se aquilo que procura está noutra página.

 

Não misturar assuntos diferentes no mesmo texto

Se tivermos de dar informação sobre diferentes temas, segmentamos essa informação em vários textos - dentro da mesma página ou em várias páginas. A informação necessária pode ser muita, mas não tem de ser apresentada toda de uma só vez. É mais fácil para o cérebro processar pequenos pedaços de informação.

A informação relacionada deve ser colocada à disposição de quem lê através de links no texto para outras páginas, informativas ou de serviço, sobre esse assunto. Na lateral das páginas também existe uma lista de serviços relacionados com aquele que é apresentado na página em que a pessoa está. A mesma lógica deve ser aplicada às páginas dos organismos: não misturar informação sobre atribuições com informação sobre serviços, por exemplo.

 

Ser tão específico quanto possível

Para facilitar a compreensão, devemos ser tão específicos quanto possível na forma como transmitimos a informação. Quanto mais abstrata for a expressão que usarmos, mais espaço damos para que surjam dúvidas na interpretação.

Escrevemos

Não escrevemos

Dirija-se aos Registos Centrais de Lisboa.

Dirija-se aos nossos serviços.

Vamos pedir-lhe que preencha um formulário e nos envie uma cópia do seu Cartão de Cidadão.

Vamos precisar de algumas informações.

 

Não substituir conteúdos por referências à lei

Explicamos por palavras nossas todos os conteúdos sobre os quais escrevemos. Não remetemos para um artigo na lei, em vez de explicar.

Pode ser necessário referir o diploma que sustenta aquilo que dizemos, mas isso não substitui uma explicação em palavras claras. A forma como as leis estão escritas e os termos que utilizam fazem com que seja difícil para a maioria das pessoas compreender o seu conteúdo.

Quando precisarmos de fazer referência a conteúdos legais, explicamos o assunto por palavras nossas e indicamos o artigo e o diploma entre parêntesis no final da frase. Se for indispensável citar um artigo, explicamos por palavras nossas aquilo que transcrevemos.

 

Informação atualizada a 14 junho 2022 14:27