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Livro de Estilo

Escrever II - a coerência

É essencial que o Justiça.gov.pt tenha a sua identidade e que ela atravesse todas as áreas do site. Quem visita a Plataforma da Justiça deve sentir que todos os conteúdos do site pertencem ao mesmo universo, seja qual for o organismo responsável por eles.

Palavras

Mantemos a coerência:
  • nas palavras que usamos

  • na forma como escrevemos as palavras.

Não usamos palavras diferentes para dizer a mesma coisa

Manter a coerência facilita a compreensão. Quando, num mesmo texto, usamos palavras diferentes para falar da mesma coisa, obrigamos quem lê a questionar-se se ainda estamos a falar do mesmo. Terá de voltar atrás, fazer esforço e perder tempo. Além disso, a probabilidade de fazer uma interpretação errada aumenta. A escrita técnica é diferente da literária: a sua função é informar de forma eficaz. A repetição, neste caso, é uma ajuda.

Escrevemos

Não escrevemos

Por favor preencha e envie o formulário. Se preferir, pode entregar o formulário num balcão de Registos.

Por favor preencha e envie o formulário. Se preferir, pode entregar o documento num balcão de Registos.

 

Escrevemos as mesmas palavras sempre da mesma forma

Há palavras que, com o Acordo Ortográfico de 1990 (o novo Acordo Ortográfico), ganharam dupla grafia. Devemos optar por uma das duas grafias e usá-la sempre. A coerência é fundamental para assegurar uma comunicação eficaz.

Sempre que uma palavra é de dupla grafia, devemos optar pela opção mais próxima da grafia antiga.

 

Maiúsculas e minúsculas

As maiúsculas no meio das frases dificultam a leitura. Por isso, não devem ser usadas arbitrariamente, nem para conferir dignidade ou destaque a uma palavra. Para facilitar a vida a quem nos lê, devemos respeitar as seguintes regras para o uso de maiúsculas e minúsculas iniciais.

 

Quando começamos com maiúscula?

Quando escrevemos:

  • nomes de pessoas, países e vias públicas: Manuela, Portugal, Praça do Chile

  • nomes de serviços, programas e iniciativas públicas: Portal das Finanças, Plano de Recuperação e Resiliência, Orçamento Participativo.

  • nomes de instituições, organismos públicos, órgãos de soberania, atos de autoridade do Estado: Governo, Ministério da Justiça, Instituto Nacional de Propriedade Industrial, Supremo Tribunal de Justiça, Decreto-Lei n.º 11/2017

  • nomes de cargos, postos ou dignidades hierárquicas: Ministro, Diretor-Geral.

 

Quando começamos com minúscula?

Quando escrevemos:

  • nomes comuns, mesmo que designem realidades importantes para os organismos públicos e das quais falamos com frequência: portugueses, consumidor, propriedade industrial, marca, patente

  • os nomes dos meses e estações do ano

  • os pontos cardeais: norte, sul, este, oeste – exceto quando façam parte de um nome próprio (Pólo Norte, Pólo Sul) ou quando designam uma região ou são utilizados absolutamente (região Norte/o Norte/no Norte, por exemplo).

Escrevemos

Não escrevemos

email

Email

portugueses

Portugueses

internet

Internet

 
 

Evitamos escrever palavras ou frases inteiras em maiúsculas

As letras minúsculas têm diferentes tamanhos e formas, que nos servem de referência na leitura. Uma frase escrita apenas em maiúsculas é um bloco de texto uniforme, mais difícil de interpretar. Além disso, produz uma mancha gráfica que afasta quem lê e pode ser percebida como comunicação agressiva. Por isso, é desaconselhada, tanto do ponto de vista gráfico como funcional. 

No Justiça.gov.pt não usamos maiúsculas para destacar texto. Para isso, recorremos ao negrito ou a diferentes tamanhos de letra, caso se trate de um título.

 

Números

Há muitas maneiras de escrever números. Como o Justiça.gov.pt conta com o contributo de muitas entidades, foi necessário criar regras para uniformizar a forma como os escrevemos em todos os conteúdos produzidos para o site.

  1. Escrevemos por extenso os números de um a dez e os restantes com algarismos
    Os números até dez devem ser escritos por extenso. A partir de dez, usamos algarismos, exceto no início das frases.
    Exemplo: O portal está organizado em cinco secções com 15 páginas cada. Doze delas dizem respeito ao registo.

Há casos em que usamos sempre algarismos
Para idades, grandezas e referências temporais (datas e períodos de tempo), usamos sempre algarismos.
Exemplo: A Maria tem 3 meses e pesa 6 quilos. Nasceu a 12 de junho. O seu Cartão de Cidadão é válido por 3 anos.

  1. Dividimos os números em grupos de três algarismos, separados por um ponto
    Não deixamos espaço entre os números e o ponto.

Escrevemos

Não escrevemos

12.458

12 458
12458

12. 458

1.567

1 567

1567

345.789.098

345 789 098

345789098

345.789 098

 

Se o número for grande, podemos escrevê-lo de duas maneiras

  • 1,2 mil milhões, e não 1.200 milhões (exceto quando houver mais de três décimas depois da vírgula; neste caso, escreveríamos 1.250,5 milhões)
  • 10 milhões e 800 mil (parte por extenso e parte em algarismos).

Mas nunca usamos como referência uma ordem de grandeza maior do que aquela que define o montante em questão:

Escrevemos

Não escrevemos

800.000

0,8 milhões

 

E se o número tiver casas decimais?

  • usamos uma vírgula para separar os números decimais dos inteiros - exemplo: 23,76

  • só usamos ponto à esquerda da vírgula - exemplo: 1.456,98 ou 890.765,90

  • referimos, no máximo, três casas decimais - exemplo: 13.897,896

 

  1. Quando queremos referir intervalos de números, escrevemos "de <número> a <número>"
    Exemplo: Vamos atender primeiro os números de 15 a 20.

Só usamos hífen para referir intervalos de números se estivermos a escrever dentro de tabelas:

Idades elegíveis

Idades não elegíveis

15 - 20

20 - 25

 
  1. Para escrever percentagens, usamos o símbolo % à direita do número
    Não deixamos espaço entre o número e o símbolo.

Escrevemos

Não escrevemos

98%

98 %

 
  1. Escrevemos por extenso os números ordinais do primeiro ao nono. Os seguintes abreviamos
    A partir do 10.º, escrevemos o número seguido de um ponto e do símbolo º.:

Escrevemos

Não escrevemos

10.º

10º

10 º

Podemos não escrever os números ordinais por extenso, mesmo do primeiro ao nono, sempre que for necessário poupar espaço.

 

Quantias

Para as quantias, seguimos as mesmas regras que para os números.

Escrevemos

Não escrevemos

22,56 €

22.56 €

22,56€

€ 22,56

23.456,89 €

23456.89 €

23 456,89 €
23.456,89€

25 €

25,00 €

 

Escrevemos o símbolo € à direita da quantia, deixando um espaço entre o último algarismo e o símbolo. 

No entanto, nos casos em que usar espaço fizer com que o número e o símbolo fiquem em linhas diferentes, não deixamos espaço, escrevemos os algarismos e o símbolo de seguida: 5.650€, por exemplo. É preferível que o número e o símbolo fiquem colados do que em linhas diferentes.

Usamos uma vírgula para separar os euros dos cêntimos. Mas só referimos as casas decimais, se o valor em questão tiver parte decimal. Por exemplo:

  • se o valor for 5: não escrevemos as casas decimais, não escrevemos 5,00

  • se o valor for 5,30: escrevemos as casas decimais, escrevemos 5,30.

Preferimos o símbolo € à abreviatura EUR. No meio de um texto, sempre que possível, escrevemos a palavra por extenso: 12 euros.

Escrevemos as palavras euros e cêntimos com letra minúscula. Estas palavras são nomes comuns, não devem ser escritas com maiúsculas. Também não escrevemos “Escudos”, Dólares”, “Libras” ou “Reais”, por exemplo.

Quando nos queremos referir à moeda escrevemos “euro”. Quando falamos de quantias escrevemos “euros” (a menos que seja apenas um 1 euro).

 

Datas

Escrevemos as datas de uma destas formas::
  • 1 de maio de 2017

  • 01-05-2017​

Preferimos a forma “1 de maio de 2017” porque é aquela que, lida, se parece mais com a forma como falamos normalmente. Se tivermos falta de espaço, optamos pela forma abreviada.

O ano deve ser sempre indicado por inteiro, para evitar confusões. Por exemplo, se num texto encontrarmos a seguinte data: 12-03-11, é difícil adivinhar qual dos números se refere ao dia, ao mês e ao ano. Tanto pode significar 12 de março de 2011 como 11 de março de 2012, ou até mesmo 11 de dezembro de 2003, se usarmos o sistema americano.

Para indicar um período de tempo, não usamos hífens. Escrevemos, por exemplo, “de 12 de maio de 2022 a 15 de maio de 2022” ou “de 13-05-2022 a 15-05-2022”. Não escrevemos “13 de maio - 15 de maio”, nem “13-05-2022 - 15-05-2022”.

Evitamos referências temporais como “trimestre” ou “semestre”. Preferimos indicar os meses a que se refere o período no caso concreto: de janeiro a março, por exemplo. Também evitamos “bianual” e outras palavras que designam períodos de tempo referentes ao número de anos. Preferimos expressões claras e objetivas como “todos os anos”, “de ano a ano” ou “de dois em dois anos”, por exemplo.

Sempre que usarmos “hoje”, “ontem” ou “amanhã”, indicamos a data a que nos referimos, entre parêntesis. Por exemplo: “a proposta será apresentada amanhã (30-03-3022), em conferência de imprensa”.

 

Horas

Para escrever as horas usamos os seguintes formatos:
  • 8h00

  • 22h30

  • 00h30​

Se quisermos indicar uma duração, escrevemos 30 minutos. Se estivermos a referir-nos a horas certas, podemos escrever “2 horas”, “18 horas”. Se o intervalo de tempo não for de uma hora completa (se for uma hora e meia, por exemplo), é mais fácil escrever (e compreender) 1h30. Por exemplo, “o tempo de espera atual é de 1h30”.

Usamos sempre o formato 24h, ou seja, escrevemos 15h00 e não 3h00 p.m. para dizer que são três da tarde.

Exemplos 

  • A Loja do Cidadão não está aberta 24h. 

  • O processo de registo levará cerca de 2 horas.

  • O processo de registo demora 2h30.

  • Preencher o formulário demora menos de 15 minutos.

 

Abreviaturas, siglas e acrónimos

Evitamos usar abreviaturas, siglas e acrónimos. 

  1. Preferimos escrever as designações por extenso. 

  2. Se precisarmos de usar uma sigla, abreviatura ou acrónimo, devemos explicar o que significa, logo da primeira vez que os usamos.
    Neste caso, escrevemos entre parênteses a abreviatura, sigla ou acrónimo, para que quem lê os reconheça quando voltar a lê-los. Não utilizamos siglas se não precisarmos de repeti-las mais adiante no texto. 
    Esta regra deve ser aplicada mesmo quando falamos de departamentos e organismos governamentais.

  3. Há (poucos) casos em que as abreviaturas, siglas e acrónimos são preferíveis às expressões por extenso
    Isso acontece quando as abreviaturas, siglas ou acrónimos são mesmo muito conhecidos (por exemplo, GNR, NATO, EUA). Mas, mesmo nestes casos, devemos escrever por extenso a designação a que se referem, pelo menos da primeira vez que aparecem numa página. 

  4. Evitamos utilizar abreviaturas como “Ex.” ou “etc.”
    Os programas de tradução de texto para áudio podem não saber ler corretamente estes termos e isso compromete o acesso à informação.

  5. Não colocamos pontos finais após cada letra do acrónimo

Escrevemos

Não escrevemos

ONU

O.N.U.

 
  1. Não colocamos um “s” no final da sigla para fazer o plural 
    A norma portuguesa para a escrita de siglas exclui o “s” final para colocar a sigla no plural. Também não se escreve apóstrofe “s”: essa é a norma inglesa.

Escrevemos

Não escrevemos

URL

URLs (nem URL’s)

 
 

Estrangeirismos

Evitamos usar estrangeirismos.

Preferimos as palavras em português. Sempre que possível, evitamos expressões ou palavras escritas em línguas estrangeiras. Só usamos o termo noutra língua quando este for comprovadamente mais conhecido e utilizado do que a alternativa em português.

Escrevemos

Não escrevemos

entrar

login

sair

logout

internet

rede informática mundial

online

em linha

email

correio eletrónico

link

hiperligação

 
 

Endereços de email

Quando for necessário dar o contacto de entidades ou pessoas responsáveis por algum cargo, não escrevemos os seus emails por extenso no site. Existem formulários próprios para contacto, que podem ser personalizados pelos organismos para receberem emails de quem utiliza o site. 

Esta medida serve para evitar que os emails se tornem alvo de spam. 

Se precisar de ajuda para usar os formulários de contacto, contacte a equipa de conteúdos dos Justiça.gov.pt.

 

Aspas

Usamos as aspas “ ” 

  • Usamo-las para citar alguém ou um documento. Exemplo: “a nossa missão é proteger e promover a propriedade industrial”, afirmou o porta-voz do INPI. 

  • Usamos-las quando empregamos uma expressão que não deve ser entendida no seu sentido literal (como um provérbio popular). Contudo, devemos ter muito cuidado com este tipo de referências porque podem resultar em interpretações erradas. 

  • Usamo-las quando precisamos de reproduzir de forma muito precisa uma expressão. Exemplo: Envie-nos o documento em formato “.doc”.

Se for necessário fazer uma citação dentro de outra citação, usamos as aspas “ “ para a citação principal. Para a citação secundária (feita dentro da citação principal), usamos as aspas ‘ ‘.

 

Marcas registadas

Evitamos fazer referências a marcas registadas. Preferimos usar designações genéricas a referir marcas registadas. Por exemplo, escrevemos tablet e não iPad.

 

Informação atualizada a 14 junho 2022 15:25