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Envolver empresas, universidades e ciência para transformar a Justiça

A transformação da Justiça passa, cada vez mais, pelo desenvolvimento de soluções colaborativas, com empresas, universidades, ciência e sociedade civil, defendeu a Ministra da Justiça na conferência “Lisbon, Law and Tech 2022”, onde anunciou o lançamento, para breve, de uma competição para startups.
27 out 2022, 19:03
Ministra da Justiça, em videoconferência, durante a “Lisbon, Law and Tech 2022”
Ministra da Justiça, em videoconferência, durante a “Lisbon, Law and Tech 2022”

A Justiça tem sido uma das áreas que mais investiu na transição digital desde o início deste século, sublinhou Catarina Sarmento e Castro durante a intervenção na sessão de abertura da IV edição da conferência internacional, apontando como exemplos a criação de sistemas de gestão eletrónica de processos nos tribunais, bem como a criação de balcões únicos físicos ou virtuais, como o Empresa na Hora.

Estas e outras medidas inovadoras fizeram, muitas vezes, da Justiça, um exemplo de boas práticas no uso de tecnologias para oferecer melhores serviços e facilitar o acesso à informação, referiu, sublinhando que o desafio está agora em “conseguir acompanhar a evolução digital e responder às expectativas acrescidas dos cidadãos e das empresas”.

Tal passa cada vez mais, avançou, pelo desenvolvimento de soluções colaborativas, com o setor privado, as universidades, o mundo científico e a sociedade civil. “Os nossos tempos de mudança acelerada exigem novos tipos de parcerias. Algumas das mais recentes inovações no campo da Justiça resultaram dessas sinergias, sublinhou, apontando o BUPi como um dos exemplos.

Para Catarina Sarmento e Castro, a transformação da Justiça passa igualmente pelo envolvimento de todos os profissionais, nomeadamente os advogados, “peça central do processo, seja na criação de novas plataformas informáticas ou mesmo na construção das bases para um ecossistema ‘LegalTech’ e ‘GovTech’, na criação de soluções inovadoras e respostas conjuntas aos desafios”.

A abordagem colaborativa ficará completa com o lançamento, previsto para breve, de uma competição destinada a startups, centros de investigação e academia, que vise o desenvolvimento de projetos inovadores que respondam aos desafios do setor da justiça.

“Queremos envolver as partes interessadas em todas as etapas da inovação, desde o conceito ao produto final, para enfrentarmos juntos os diferentes desafios da Justiça: da transformação digital dos tribunais ao ciclo de vida do registo de cidadãos e empresas, da propriedade industrial à investigação criminal ou à gestão do sistema prisional”, referiu a Ministra da Justiça.

Ministério da Justiça