Justiça Social exige que sejam superadas barreiras em todo o mundo

A data é assinalada pela ONU que alerta para uma série de retrocessos na área social, resultantes do impacto da pandemia de COVID-19, da agitação política, da crise económica e de desastres naturais. O objetivo é que ainda este ano seja lançada uma Coligação Global pela Justiça Social.

Reconhecendo os tempos complexos que vivemos, nomeadamente, fruto da Guerra da Ucrânia, de recentes desastres naturais, mas também do ressurgimento de discursos de ódio que julgávamos arredados do palco das sociedades democráticas, a Ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, lembra que tem de ser comum e partilhado o desígnio de que todos possam beneficiar dos princípios morais e políticos que estiveram na origem da igualdade e da solidariedade que norteiam os modernos Estados de Direito. 

A Ministra da Justiça sublinha, ainda, que a determinação do Estado em proteger os direitos humanos é particularmente relevante no que concerne aos cidadãos mais vulneráveis, de qualquer parte do Globo.

Para assinalar esta data a ONU organizou várias iniciativas, juntando jovens empreendedores e ativistas, mas também especialistas na área da Justiça Social. A  Organização das Nações Unidas alerta para o aumento da pobreza e das desigualdades dentro e entre os países, que está ligada às crises económicas e sociais dos últimos anos.

O impacto no emprego é uma das principais preocupações. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta sobretudo para um quadro sombrio em termos do emprego, realçando números preocupantes de mais de 200 milhões de trabalhadores que vivem em pobreza absoluta devido às múltiplas crises.

Segundo a agência, a nova realidade global inclui perturbações económicas ligadas à globalização e à tecnologia, transformações demográficas expressivas, fluxos migratórios crescentes e situações de fragilidade que perduram durante mais tempo.