Novo Estatuto dos Magistrados Judiciais aprovado em CM
O Conselho de Ministros aprovou a proposta de lei que altera o Estatuto dos Magistrados Judiciais, adaptando-o à nova Lei da Organização do Sistema Judiciário.
Ministra da Justiça na conferência de imprensa da reunião de CM
Mais de 30 anos depois da entrada em vigor do atual do Estatuto, o Governo considerou que se impunha uma intervenção mais abrangente que atualiza e aperfeiçoa o estatuto, vincando os princípios estruturantes do exercício da função judicial.
O novo estatuto dos juízes “é ordenado pelo princípio da autossuficiência regulatória e da unidade estatutária, regendo todas as vertentes do exercício da função judicial", disse a Ministra da Justiça, em conferência de imprensa, explicando que matérias como as questões de disciplina e relacionadas com as reformas, que eram reguladas pela lei geral, passam a estar incorporadas no Estatuto.
Francisca Van Dunem referiu ainda que a intenção da proposta, no essencial, foi a de adaptar o estatuto dos juízes à nova organização judiciária clarificando, por exemplo, as competências do Conselho Superior da Magistratura e do juiz presidente do tribunal de comarca, incluindo em matéria de reafetação de magistrados e processos. A atuação destes órgãos é, no entanto, restringida a matérias inteiramente exteriores ao desempenho da função jurisdicional, para assegurar o respeito pelo princípio do juiz natural e do processo equitativo.
Na preparação da proposta de lei hoje aprovada foram ouvidos o Conselho Superior da Magistratura, Procuradoria-Geral da República, Ordem dos Advogados, Associação Sindical dos Juízes portugueses e Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.