Ir para Conteúdo principal
justica.gov.pt

Notícias

PJ desmantela uma das maiores redes de contrafação de moeda da Europa

A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e com a colaboração da EUROPOL, desmantelou uma das maiores redes de contrafação de moeda da Europa, comercializada através da comummente designada darknet.
09 set 2019, 15:47
PJ
Faxada do edifício da Polícia Judiciária em Lisboa
Faxada do edifício da Polícia Judiciária em Lisboa

Esta rede criminosa funcionava desde, pelo menos, o início de 2017, tendo sido responsável pela produção de mais de 26 mil notas, maioritariamente de 50€. 

As notas contrafeitas foram apreendidas em praticamente todo o espaço europeu, com maior incidência em França, Alemanha, Espanha e Portugal, atingindo um valor superior a 1 milhão e 300 mil euros.

Eram publicitadas num dos principais mercados da darknet, sendo as encomendas recebidas tanto através de mensagens privadas no referido mercado, como através de plataformas de conversação encriptadas. Posteriormente, após o respetivo pagamento, em regra efetuado através de moeda virtual, eram enviadas por via postal, a partir de Portugal, onde estavam a ser produzidas.

A elevada qualidade das notas produzidas por esta rede criminosa era reconhecida por todos os compradores, assente na utilização de papel de segurança com incorporação de filamento de segurança, hologramas e bandas holográficas autoadesivas, tintas ultravioleta, marca de água e talhe doce.

O presumível líder deste grupo criminoso, um cidadão português residente na Colômbia desde meados de 2018 e com antecedentes por crimes diversos, foi detido nesse país no âmbito de Mandado de Detenção Internacional emitido pelas autoridades portuguesas, na sequência de estreita colaboração com as autoridades colombianas.

Nos últimos dias, as autoridades colombianas procederam à sua expulsão do país, tendo sido detido pela Policia Judiciária, já em território nacional. Depois de presente às autoridades judiciárias e judiciais competentes, ficou em prisão preventiva, tal como os outros quatro arguidos: dois homens e duas mulheres.

Além da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, a operação Deep Money contou com a participação de outras unidades da Policia Judiciária, designadamente da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica e do Laboratório de Policia Cientifica.

Ao todo foram realizadas oito buscas, domiciliárias e não domiciliárias, tendo sido apreendidas 1.833 notas falsas (1.290 notas de 50€ e 543 de 10€), perfazendo um total de €69.930,00 euros, bem como diversos objetos relacionados com a produção das notas, nomeadamente, computadores, impressoras, papel de segurança com incorporação de filamento de segurança, hologramas e bandas holográficas autoadesivas, tintas ultravioleta, tinteiros, entre outros.


Ministério da Justiça