Polícia Judiciária reforçada com 1.100 efetivos até 2026

A Polícia Judiciária vai ser reforçada com a entrada gradual de 1.100 efetivos nos próximos quatro anos, designadamente, 750 para a carreira de inspeção e investigação criminal, 250 para a carreira de especialista de polícia científica e 100 para a carreira de segurança.

O anúncio foi feito pelo Primeiro-Ministro, António Costa, esta segunda-feira, na cerimónia de aceitação de nomeação de 97 novos inspetores oriundos do 44.º Curso de Formação de Inspetores da Polícia Judiciária, que vão reforçar com meios humanos o combate à criminalidade.

A medida decorre de uma Portaria, assinada pelos Ministros da Justiça e das Finanças e pela Secretária de Estado da Administração Pública, que define o quadro plurianual de ingressos na Polícia Judiciária até 2026.

A cerimónia, que teve lugar na sede da Polícia Judiciária, em Lisboa, contou com a presença da Ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, que destacou a importância desta Portaria para a previsibilidade na gestão e planificação da Polícia Judiciária.

A governante saudou ainda os novos inspetores e o contributo que estes terão para cerrar fileiras no combate à corrupção, à fraude e à criminalidade económico-financeira, deixando a garantia de que o Governo continuará a alimentar o esforço de dotar a Polícia Judiciária das melhores condições e meios.

Com a entrada de novos 97 efetivos - 56 mulheres e 41 homens -, são cerca de duas centenas os inspetores que reforçaram os serviços da Polícia Judiciária nos últimos seis meses, permitindo diminuir a média de idades do corpo inspetivo de 50 para cerca de 40 anos, a mais baixa em décadas.

Estão ainda abertos concursos para a entrada de mais 70 inspetores e para o reforço de áreas prioritárias como a polícia científica e área informática e informacional.

A Ministra da Justiça sublinhou que o investimento em meios humanos, que consumou “o rejuvenescimento da PJ”, é igualmente acompanhado do reforço na área tecnológica e de inovação da instituição, frisando os investimentos de 21 milhões de euros provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência.

“Não deixaremos de continuar a alimentar o esforço de vos dotar das melhores condições e meios, incluindo instalações, dos quais também depende o sucesso de todos os combates que vos esperam”, disse Catarina Sarmento e Castro, invocando uma “mudança de paradigma” da sociedade “que em permanência interpela o modelo tradicional da investigação criminal e da própria cooperação policial e judiciária internacional”.