Primeiro-Ministro defende cadastro enquanto medida contra incêndios
António Costa reiterou importância do cadastro como medida essencial de proteção contra incêndios florestais em evento dedicado à componente “Florestas” do Plano de Recuperação e Resiliência.
Primeiro Ministro António Costa na apresentação Pampilhosa da Serra
Decorreu esta segunda-feira, em Pampilhosa da Serra, a cerimónia de apresentação da componente “Florestas” do Plano de Recuperação e Resiliência (no qual se enquadra o Balcão Único do Prédio - BUPi) e de assinatura dos contratos de criação de 47 Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP) nos territórios mais vulneráveis a incêndios.
No decorrer da cerimónia, o cadastro foi destacado enquanto medida preventiva contra os incêndios florestais, ao permitir e acelerar o conhecimento sobre os limites das propriedades e respetivos proprietários, tornando “esta informação disponível para os proprietários, para os investidores e para os que têm de proteger o território”, explicou o Primeiro-Ministro.
António Costa defendeu que “o que protege verdadeiramente as populações não é o helicóptero que chega para apagar o fogo”, mas a criação de um território que promove a fixação das pessoas, quebra o ciclo da desertificação e cria oportunidades de rendimento. “Só se fixam pessoas onde há rendimento para viver. Essa transformação é essencial”, salientou o Primeiro-Ministro.
O chefe do Governo referiu ainda que, dos 615 milhões de euros que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) dedica à floresta, “menos de 10% estão afetos a meios de combate aos incêndios” e “o resto está afeto, em primeiro, à realização do cadastro”. Em segundo lugar, encontra-se a "conclusão da rede de proteção primária da floresta, com criação das faixas de interrupção de combustíveis”, em terceiro “a transformação da paisagem com culturas diversas, que gerem maior rendimento” e, em quarto lugar, “o desenvolvimento das bioindústrias, com as prioridades das resinas, do têxtil e do calçado”.
A cerimónia contou ainda com a presença do Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e do Secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Paulo Catarino, bem como de vários autarcas dos 27 concelhos onde estarão integradas as primeiras AIGP formalizadas na cerimónia.