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Saúde nas prisões debatida em conferência europeia

O Secretário de Estado Adjunto e da Justiça participou, esta segunda-feira, na sessão de abertura da 3.ª Conferência Europeia sobre Cuidados de Saúde na Prisão, alusiva ao tema “Independent Health Care in Prison".
22 nov 2022, 19:29
Profissional de saúde a medir tensão a um paciente | Créditos: Health Without Barriers
Profissional de saúde a medir tensão a um paciente | Créditos: Health Without Barriers

Na sua intervenção, o Secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Jorge Alves Costa, falou sobre a vital a importância de os reclusos, em Portugal, terem direito ao Serviço Nacional de Saúde em condições semelhantes às oferecidas a todos os outros cidadãos, destacando os esforços conjuntos que os Ministérios da Justiça e da Saúde têm realizado para pôr em prática esse princípio.

Entre as iniciativas conjuntas mais recentemente desenvolvidas está a disponibilização de um novo serviço de telemedicina em todos os estabelecimentos prisionais e centros educativos de Portugal Continental, o Balcão SNS, que permite o acesso em direto a teleconsultas com qualquer unidade de saúde.

“Este serviço vai melhorar o acesso aos cuidados de saúde por parte da população prisional e juvenil e atesta o compromisso do Governo português relativamente ao direito à saúde dos reclusos, tal como preconizado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos”, apontou o responsável.

Jorge Alves Costa referiu também o trabalho desenvolvido para melhorar as condições de tratamento e detenção dos cidadãos inimputáveis por motivos de doença mental, assim como a adoção, pelo sistema prisional, de um manual que visa salvaguardar o direito das pessoas transexuais à autodeterminação da identidade e expressão de género, bem como prevenir práticas discriminatórias.

Foram igualmente destacados os esforços para reforçar os recursos humanos afetos à saúde nas prisões e centros educativos. Atualmente, o sistema prisional e de reinserção social conta com uma equipa de 1.024 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, auxiliares de ação médica e psicólogos.

“Tivemos a sorte de nos depararmos com uma combinação bastante feliz de muita vontade e competência”, declarou o Secretário de Estado Adjunto e da Justiça, sublinhando que “a questão dos cuidados de saúde nas prisões tem sido promovida como uma verdadeira prioridade política entre os membros do Governo responsáveis ​​por ambas as áreas, bem como os grandes profissionais dentro de ambos os Ministérios, que têm sido persistentes nesta missão”.

Ministério da Justiça