Ir para Conteúdo principal
justica.gov.pt

Notícias

Tornar a vida nas zonas rurais mais sustentável e dinâmica com o CERV

É conhecido como LVIN #C, tem coordenação portuguesa e concorreu ao aviso CERV-2022-CITIZENS-TOWN-NT, que visa a criação de redes entre municípios sobre temas de interesse comum, neste caso abordando os problemas das pequenas aldeias e zonas rurais da Europa.
16 jun 2023, 13:05
Compilação de várias imagens de atividades LVIN #C
Compilação de várias imagens de atividades LVIN #C

Liderado pela Associação de História e Arqueologia de Sabrosa, o projeto Learning Villages International Network on European Citizenship, ou LVIN #C, de forma mais resumida, foi selecionado para financiamento na call CERV-2022-CITIZENS-TOWN-NT.

O aviso CERV-2022-CITIZENS-TOWN-NT prevê a criação de redes entre municípios sobre temas de interesse comum, permitindo a troca de boas práticas. Criado no meio das enormes dificuldades vividas nos meios rurais da Região Demarcada do Douro e Alto Douro Vinhateiro, o LVIN #C tem como principal objetivo abordar os problemas das pequenas vilas e aldeias do interior dos países da Europa, tornando a vida um pouco mais sustentável e dinâmica.

“Promovemos dinâmicas de participação cívica, integração e geminação destas aldeias e também a transferência de conhecimento, envolvendo as várias faixas da população neste conjunto de atividades”, referiu Gerardo Gonçalves, da Associação de História e Arqueologia de Sabrosa, durante uma sessão de informação sobre o programa CERV, organizada pela Agência Nacional de Inovação (ANI).

Além disso, procura criar manuais de boas práticas sobre como implementar e desenvolver estes processos de intercambio e promover a sua manutenção para o futuro. “A intenção é que não seja um projeto restrito àquele período temporal, que não fique estanque, mas sim que tenha continuidade com iniciativas a médio e longo prazo, com novos contactos, novas parcerias e novas iniciativas”.

O projeto, apresentado em consórcio, conta com vários parceiros europeus, desde autarquias até associações sem fins lucrativos, incluindo instituições universitárias e entidades privadas, para promover e valorizar a sociedade civil e a educação nas zonas de baixa densidade populacional. “São todos internacionais à exceção da Associação e do município de Sabrosa”, apontou Gerardo Gonçalves, entre parceiros beneficiários e parceiros associados.

Há também multidisciplinaridade, com alguns participantes mais dedicados à questão da participação cívica e da educação democrática, outros à parte da educação para o património e da promoção dos direitos sociais sobre o património, acrescentou.

Destaque para o protocolo de cooperação com a Câmara Municipal de Sabrosa, “um apoio muito grande a nível de contactos da parte da ligação às várias freguesias e população”, fez questão de sublinhar Gerardo Gonçalves.

A Associação fez a candidatura ao CERV já com algum conhecimento, porque tinha participado em edições anteriores do projeto, embora como parceiro associado, desenvolvendo atividades. Desta vez, assume a coordenação, cabendo-lhe distribuir as verbas pelos parceiros beneficiários, conforme definido na candidatura.

Da experiência adquirida na candidatura e do pouco tempo que o projeto tem de atividade -uma vez que arrancou em janeiro -, uma questão importante será preparar toda a parte burocrática com antecedência, aconselha Gerardo Gonçalves, “pelo menos três meses antes, tratar de tudo com os contabilistas, tratar das atas, garantir que está tudo em ordem”, para depois avançar com o processo.

Outra vertente que deve ser assegurada neste tipo de projetos em consórcio é a comunicação com os parceiros. “Há sempre parceiros mais proativos e outros menos proativos, por isso é sempre importante motivar e manter uma boa comunicação”, acrescentou o responsável.

Ministério da Justiça